Justiça torna réu acusado de assassinar patrão com golpes de faca e tiro em Deodápolis

O caseiro confessou ter matado o patrão após se sentir humilhado em um comércio.

| JD1 NOTíCIAS/VINíCIUS SANTOS


Vilson Tondato -   (Foto: Reprodução)

A Justiça de Deodápolis aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e tornou réu Ângelo Gabriel Pereira França, de 55 anos, acusado de matar o patrão Vilson José Tondato, de 65 anos, no dia 28 de abril deste ano. O crime ocorreu no Sítio Jardim do Éden, zona rural do município.

Conforme a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Anthony Állison Brandão Santos, o acusado discutiu com a vítima e, durante o desentendimento, desferiu vários golpes de faca no tórax e no pescoço de Vilson. Em seguida, usou uma espingarda para atirar no rosto do patrão, que morreu no local. Após o crime, Ângelo comunicou o fato à companheira da vítima e fugiu. Ele foi preso posteriormente e segue detido.

O Ministério Público afirma que o crime foi cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o ataque foi repentino e envolveu o uso de faca e arma de fogo. A Promotoria denunciou o acusado por homicídio qualificado, com base no artigo 121, parágrafo 2º, inciso IV, do Código Penal.

Na delegacia, Ângelo confessou ter sido o autor do disparo de espingarda. Laudo apontou pelo menos 12 ferimentos provocados por faca e um causado por tiro. Ainda segundo o depoimento do acusado, o motivo do crime teria sido uma discussão ocorrida em um comércio da cidade. 

Ângelo afirmou que pediu a Vilson que pagasse por uma mistura, uma pinga e um pacote de fumo, mas recebeu como resposta: “O senhor já me deve, sabe o tanto que me deve, será que vai dar conta de me pagar”. O acusado disse ter se sentido humilhado com a resposta, dita na frente de outras pessoas.

O Ministério Público pediu a condenação do denunciado e a fixação de R$ 50 mil como valor mínimo de indenização pelos danos causados. Não foi oferecido acordo, transação penal ou suspensão do processo, pois o crime não permite esses benefícios.

A defesa tem prazo de 10 dias para apresentar resposta à acusação. O MPMS quer que o caso vá a julgamento por júri popular.



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