Com crianças de MS, 'predador sexual' da internet fez 163 vítimas, diz polícia do RS
Homem criava perfis falsos nas redes sociais para atrair menores de idade e obter fotos íntimas.
| JD1 NOTíCIAS/LUIZ VINICIUS
Ramiro Gonzaga Barros, de 36 anos, foi preso em janeiro deste ano e contra ele, pesa inúmeras denúncias de crimes sexuais na internet. Inclusive, algumas das crianças e adolescentes, com idade entre 8 e 13 anos, vítimas dos ataques dele, estão em Mato Grosso do Sul.
As vítimas sul-mato-grossenses fazem parte do grande número obtido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que durante a terça-feira (6), atualizou o total de vítimas: até o momento, são 163, em 7 estados. No entanto, esse número pode ser ainda maior.
Além de Mato Grosso do Sul, as crianças e adolescentes pertencem aos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Acre.
Segundo detalhes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e a divulgação do site G1, Ramiro atuava como um 'predador sexual' e usava perfis falsos para começar uma aproximação com as crianças e adolescentes, conquistando a confiança delas e depois, obtendo fotos íntimas e as ameaçando para ter mais registros.
Há também a informação que ele agia fora da internet, ou seja, cometia abusos e estupros. A Polícia Civil está abrindo um inquérito policial para cada possível vítima identificada, com o objetivo de garantir a responsabilização individualizada do suspeito por cada crime.
Conforme o G1, o laudo do Instituto Geral de Perícias identificou cerca de 750 pastas armazenadas digitalmente por Ramiro. Essas pastas estavam organizadas com nomes completos, apelidos, partes de nomes e perfis em redes sociais, o que ajudou os investigadores a fazer o cruzamento de informações e localizar novas vítimas.
A frente da investigação, o delegado Valeriano Garcia Neto disse que “algumas vítimas identificam o Ramiro como o seu agressor e, a partir disso, estão procurando a Polícia Civil', fazendo com que o número de vítima suba em até sete vezes.
A maior parte dos abusos identificados até o momento teria acontecido de forma virtual, prática que caracteriza o chamado estupro virtual.